Muitas e muitas atividades escolares para professores e alunos.

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sábado, 26 de março de 2016

A lenda da Vitória - Régia

ESCOLA _________________________________________________DATA:_____/_____/_____
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A LENDA DA VITÓRIA-RÉGIA
A enorme folha boiava nas águas do rio. Era tão grande que, se quisesse, o curumim que a contemplava poderia fazer dela um barco. Ele era miudinho, nascera numa noite de grande temporal. A primeira luz que seus pequeninos olhos contemplaram foi o clarão azul de um forte raio, aquele que derrubara a grande seringueira, cujo tronco dilacerado até hoje ainda lá estava.
- Se alguém deve cortá-la, então será meu filho, que nasceu hoje”, falou o cacique ao vê-la tombada depois da procela. Ele será forte e veloz como o raio e, como este, ele deverá cortá-la para fazer o ubá com que lutará e vencerá a torrente dos grandes rios...”
Talvez, por isso, aquele curumim tão pequenino já se sentisse tão corajoso e capaz de enfrentar, sozinho, os perigos da selva amazônica. Ele caminhava horas, ao léu, cortando cipós, caçando pequenos mamíferos e aves; porém, até hoje, nos seus sete anos, ainda não enfrentara a torrente do grande rio, que agora contemplava.
Observando bem aquelas grandes folhas, imaginou navegar sobre uma delas, e não perdeu tempo. Pisou com muito cuidado – os índios são sempre muito cautelosos – e, sentindo que ela suportava o seu peso, sentou-se devagar, e com as mãozinhas improvisou um remo. Desceu rio abaixo.
É verdade que a correnteza favorecia, mas, contudo, por duas vezes quase caiu. Nem por isso se intimidou. Navegou no seu barco vegetal até chegar a uma pequena enseada onde avistou a mãe e outras índias que, ao sol, acariciavam os curumins  quase  recém-nascidos  embalando-os  com  suas  canções,  que  falam da lua, da mãe-d’água do sol e de certas forças naturais que muito temem.
Saltando em terra, correu para junto da mãe, muito feliz com a façanha que praticara:
- Mãe, tenho o barco. Já posso pescar no grande rio?”
- Um barco? Mas aquilo é apenas um uapê; é uma formosa índia que Tupã transformou em planta.”
- Como, mãe? Então não é o meu barco? Você sempre me disse que eu um dia haveria de ter meu ubá...”
- Meu filho, o teu barco, tu o farás; este é apenas uma folha. É Naia, que se apaixonou pela lua...”
- Quem é Naia?”, perguntou curioso o indiozinho.
- Vou  contar-te...  Um  dia,  uma  formosa  índia,  chamada  Naia,  apaixonou-se pela lua. Sentia-se atraída por ela e, como quisesse alcançá-la, correu, correu, por vales e montanhas atrás dela. Porém, quanto mais corriam, mais longe e alta ela ficava. Desistiu de alcançá-la e voltou para a taba.
- A lua aparecia e fugia sempre, e Naia cada vez mais a desejava.
- Uma noite, andando pelas matas ao clarão do luar, Naia se aproximou de um lago e viu, nele refletida, a imagem da lua.
- Sentiu-se feliz; julgou poder agora alcançá-la e, atirando-se nas águas calmas do lago, afundou.
- Nunca mais ninguém a viu, mas Tupã, com pena dela, transformou-a nesta linda planta, que floresce em todas as luas. Entretanto uapê só abre suas pétalas à noite, para poder abraçar a lua, que se vem refletir na sua aveludada corola.
- Vês? Não queiras, pois, tomá-la para teu barco. Nela irás, por certo, para o fundo das águas.
- Meu filho, se te sentes bastante forte, toma o machado e vai cortar aquele tronco que foi vencido pelo raio. Ele é teu desde que nasceste.
- Dele farás o teu ubá; então, navegarás sem perigo. Deixa em paz a grande flor das águas...”
Eis aí, como nasceu a história da vitória-régia, ou uapê, ou iapunaque-uapê, a maior flor do mundo.
(Machado, Irene. Literatura e redação. São Paulo: Scipione, 1994. p. 105-106.)

QUESTÕES
1              1)    Qual é o título do texto?
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2                        2)     Qual é o tema do texto?
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           3)      Quem é o autor ?
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4         4)     Quantos parágrafos contem?
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5             5)  Onde se passa a história?
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6         6)    Quem são os personagens do texto?
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        7)   Quem conta a história da vitória régia?
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8      8)    O que aconteceu com Naia? E por quê?
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9       9)    Em sua opinião o que significa curumim e ubá?
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